Capcom Fighting Collection 2 reúne clássicos e desconhecidos 5o1l39

Foto: Divulgação/Capcom

Após o lançamento e boa aceitação da coletânea “Marvel vs. Capcom Fighting Collection: Arcade Classics” (2024), era questão de tempo para que uma segunda coleção viesse, isso porque existiam outros títulos apreciados pelos fãs, que ainda estavam presos em plataformas antigas. O novo pacote “Capcom Fighting Collection 2” não só conta com esses games, como também traz algumas pérolas não tão conhecidas pelo público, mas que fazem parte da história da Capcom. O LeiaJá teve a oportunidade de testar o título em sua versão de Xbox One, que também pode ser jogada no Xbox Series X/S.

O que vem no pacote?

O principal atrativo dessa coletânea fica por conta de dois títulos, que são “Capcom vs. SNK: Millennium Fight Pro” (2000) e “Capcom vs. SNK 2: Mark of the Millennium” (2001), que representa uma parceria histórica entre as principais desenvolvedoras e publicadoras de jogos de luta dos anos 1990 e começo dos anos 2000, Capcom e SNK.

De maneira geral, os dois games reúnem personagens das franquias “Street Fighter” e “Darkstalkers” do lado Capcom; e “The King of Fighters”, “Fatal Fury”, “Art of Fighting” e “Samurai Shodown” pela SNK. Junto de “Marvel vs Capcom 2” (2000), esse é um dos crossovers mais celebrados entre os fãs e há anos os dois títulos estavam iníveis em plataformas modernas (“Capcom vs. SNK 2” por exemplo, esteve disponível pela última vez no PS3).

Agora esses títulos não estão apenas disponíveis, como também podem ser jogados no modo online, que dispõe do famoso protocolo rollback netcode, ao qual garante estabilidade e menor quantidade de atrasos durante as partidas. Já os mais casuais, poderão aproveitar alguns novos recursos, como por exemplo, reduzir o nível de dificuldade ou salvar o game a qualquer momento durante a luta.

Todos esses recursos também estão disponíveis nos demais jogos da coletânea. Alguns destes são grandes conhecidos do público, como por exemplo, “Street Fighter Alpha 3” (1998), que tem marcado presença em muitas coletâneas da Capcom nos últimos anos, mas aqui aparece em sua versão completa, com diversos personagens extras. Mesmo sendo uma presença carimbada, este é um clássico da franquia que merece ser jogado por qualquer apreciador de games de luta.

Dois destaques dessa coletânea ficam por conta de “Power Stone” (1999) e “Power Stone 2” (2000), lançados originalmente para o console Dreamcast da Sega e também para as máquinas de arcade. Esses aqui são os jogos mais diferentes do pacote, pois se tratam de um estilo conhecido como “arena fighting”, onde as batalhas acontecem em cenários tridimensionais e podem ser disputadas por até quatro jogadores.

O restante dos games entram em um campo mais desconhecido da Capcom. “Capcom Fighting Evolution” (2004), reúne personagens de “Street Fighter II” (1991), “Darkstalkers” (1994), “Street Fighter Alpha” (1995), “Red Earth” (1996) e “Street Fighter III” (1997), cada um com um estilo de gameplay referente ao seu jogo em questão.

Também marcam presença “Project Justice” (2000), que é a sequência de “Rival Schools” (1997) e traz uma narrativa que lembra a de um anime. Por último, “Plasma Sword: Nightmare of Bilstein” (1998), um título de luta que abandona o combate com punhos para dar lugar aos confrontos com espadas.

Independente dos jogos serem conhecidos ou não, o simples fato de todos eles estarem disponíveis para todos as plataformas atuais, já faz desta coletânea um grande acerto por parte da Capcom.

Pequenos mimos para os entusiastas

Como já é esperado de qualquer coletânea, além dos jogos, outros conteúdos extras também estão disponíveis, como uma galeria de arte para cada título, letreiros das máquinas de arcade e diversas trilhas sonoras temáticas. Por mais que esses não sejam recursos explorados por todos, eles são indispensáveis para os entusiastas que gostam de investir horas para conhecer os materiais de bastidores dos games.

Outra novidade é vista nos jogos, “Capcom vs. SNK 2: Mark of the Millennium 2001”, “Power Stone 2” e “Project Justice”, que receberam faixas de músicas remixadas, que podem ser reproduzidas tanto no modo offline quanto no modo online. Além disso, existem diversas opções de filtros de imagens, que permitem aprimorar os gráficos originais ou deixá-los com um aspecto semelhante aos das TVs de tubo (algo que deve agradar os mais nostálgicos).

Um gol, mas poderia ser melhor

Apesar de todos os acertos, “Capcom Fighting Collection 2” comete alguns pequenos deslizes. O primeiro deles está relacionado ao fato de ele não possuir a função crossplay, que permite que jogadores de diferentes plataformas (como Xbox e Playstation), joguem entre si no modo online. Isso é algo inaceitável para os padrões de 2025, já que impõe uma limitação no modo online.

O valor cobrado pelo pacote também não contribui de maneira positiva. “Capcom Fighting Collection 2” está disponível por R$191,90 no PS4; R$191 no Xbox One e Nintendo Switch; e R$179 no PC. Embora possua títulos renomados, ainda se trata de jogos dos anos 1990 e 2000 e, esse preço, aliado ao fato de não vir com crossplay, pode influenciar o jogador a não comprar a coletânea em um primeiro momento e fazer com que ele aguarde uma promoção.

Acompanhe também a análise de “Marvel vs. Capcom Fighting Collection: Arcade Classics”.

*Colaboração de Alfredo Carvalho para o LeiaJá