Professores do Recife encerram greve de 14 dias após acordo parcial 42a5n

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Acordo inclui reajuste de 3% e pagamento de acumulação para novos docentes

Professores do Recife encerram greve de 14 dias após acordo parcial

Professores da rede municipal do Recife encerraram a greve nesta quinta-feira (22). Foto: Felipe Gondim/Simpere

Professores da rede municipal do Recife encerraram a greve de 14 dias nesta quinta-feira (22), após aceitarem proposta da Prefeitura que garante reajuste de 3% na carreira e abono de 3,27% (pago em parcela única até dezembro). O valor, porém, ficou abaixo dos 6,27% reivindicados pela categoria, que pedia o reconhecimento do piso nacional do magistério.

Entre as conquistas, destaca-se o pagamento de acumulação de carga horária para professores novatos a partir de 2026, demanda histórica do setor. As aulas serão retomadas ainda hoje.

Além do reajuste, o acordo inclui: 14y6v

Aumento do abono educador para R$ 1.518,00 a partir de outubro de 2025;

Abono cultural elevado de R$ 300 para R$ 500 (valendo a partir de junho/2025);

Gratificação de tempo integral reajustada de R$ 950 para R$ 1.050 (a partir de outubro/2025);

Implementação de progressões salariais atrasadas em maio de 2025;

Manutenção da quinta semana para aulas-atividades;

Mesas de negociação permanentes para discutir condições de trabalho.

“Encerremos essa greve com o sentimento de dever cumprido. A categoria demonstrou maturidade, força e união. Conseguimos avanços importantes com mobilização e diálogo. Seguiremos atentos e em permanente construção coletiva”, afirma Anna Davi, coordenadora do Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (SIMPERE).

Segundo Jaqueline Dornelas, coordenadora do SIMPERE, a paralisação enfrentou resistência da gestão municipal. “Essa foi uma greve histórica. Enfrentamos ameaças, tentativas de criminalização e mesmo assim não recuamos. A acumulação foi uma conquista construída na luta, e não aceitamos que direitos sejam negados. A categoria mostrou que sabe o que quer e vai à luta com coragem. Ninguém intimida professoras e professores organizados”, declarou.