Infinita Highway: Sport empilha mudanças de rota na temporada 5o626f
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Ano de 2025 vem sendo marcado por escolhas duvidosas da direção rubro-negra
junho 5, 2025 - 3:48 pm

Presidente do Sport vê planejamento de 2025 ruir. Foto: Paulo Paiva/SCR
O Sport vai empilhando mudanças de rota em menos de seis meses da temporada. Somando mais erros do que acertos nos bastidores, a cúpula rubro-negra viu seu planejamento ruir logo no ano do tão aguardado retorno à Série A do Campeonato Brasileiro, com trocas no comando e derrapões nas curvas de uma estrada que parece infinita.
No início da temporada, nas próprias palavras do então técnico Pepa, o objetivo na Série A era brigar por uma vaga na Copa Sul-Americana. Hoje, os times que terminarem até a 12ª posição na tabela garantem vaga no torneio continental, número que pode aumentar por conta das campanhas dos brasileiros na própria “Sula” e na Libertadores da América.
“Nem é cedo nem é tarde para falar o que vou dizer: ‘brigar para não cair’ é uma ‘palavra’ que eu não vou deixar entrar no CT, nem na Ilha [do Retiro], nem onde quer que seja. Isso para mim é pensar pequeno. Mais uma vez, eu não quero saber do orçamento dos outros [times], não quero saber de mais nada. Nós vamos brigar por uma vaga na Sul-Americana. Ponto”, falou Pepa à época, em entrevista ao Canal de Primeira, em parceria com a Go Explosion, e o LeiaJá.
As aspirações foram por água abaixo em março, no início do Brasileirão. Apesar de estreia considerada positiva, empatando em 0 a 0 com o São Paulo no Morumbis, Pepa viu seu trabalho no Sport ruir a cada rodada. Ali, já se ensaiava a primeira mudança de rota.

O treinador português foi empilhando derrotas na sequência, para Palmeiras, Vasco, Red Bull Bragantino, e Corinthians, permanecendo na Ilha do Retiro até a sétima rodada, após revés por 2 a 1 para o Fluminense, no Maracanã – Pablo fez o gol do Leão, enquanto Serna e Everaldo marcaram para o Tricolor das Laranjeiras.
Com apenas um ponto, o Sport aparecia isolado na lanterna e precisava de um treinador que injetasse ânimo num elenco desconfiado. O comandante rubro-negro nessa caminhada foi o também português António Oliveira, que foi anunciado oficialmente no dia 9 de abril.
A expectativa de mudança “esfarelou” logo na estreia de António. Após mudanças no time titular, o técnico viu o Leão ser goleado por 4 a 0 para o Cruzeiro em plena Ilha do Retiro. Na ocasião, foi vaiado pelo torcedor com apenas 20 minutos de bola rolando, quando o placar já marcava 2 a 0 a favor da equipe celeste.
ada a decepção do primeiro jogo, esperava-se que o time mostrasse indícios de reação na partida seguinte, diante do Ceará. O que se viu em campo, contudo, foi um filme repetido: vitória dos alvinegros com facilidade, fazendo 2 a 0 sem ar sustos.
O torcedor do Sport já pedia a saída de António Oliveira mesmo com pouco tempo de trabalho. Em seguida, veio o empate com o Internacional, na Ilha do Retiro, quando os gaúchos utilizaram uma equipe alternativa, com alguns atletas das categorias de base; e a derrota por 1 a 0 para o Mirassol, no interior de São Paulo. O time ia involuindo a cada rodada.

Mesmo em crise, na última terça-feira (3), o executivo de futebol Thiago Gasparino “bancou” a permanência de António Oliveira no comando. O argumento é que a montagem de elenco não havia sido compatível com o treinador.
“O António Oliveira está há 20 dias no clube, alguns diagnósticos nós já fizemos, sabemos do incomodo do torcedor, estamos tendo reuniões com muita frequência para melhorar as coisas internas, e acreditamos que numa intertemporada vamos conseguir ter equilíbrio para melhorar o desempenho da equipe. Nós temos que resolver o problema a curto prazo. Foi se montado um elenco diferente ao modelo de jogo, diferente ao estilo de jogo do atual treinador”, frisou Gasparino.
A mudança de rota mais brusca de toda a temporada veio em pouco mais de 24 horas. Após reuniões de planejamento para a intertemporada, a cúpula leonina decidiu pelo desligamento do técnico António Oliveira, além de seus auxiliares.
Com a parada para o Mundial de Clubes, entre junho e julho, o Sport terá tempo para acertar com um novo comandante em mais uma alteração de percurso. Esse, o mais necessário de todos.