Rapper Arkthur lança clipe afrofuturista ‘Tecnologia da Alma’ 1223f
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Produção aborda a realidade das favelas, identidade e religiões de matrizes africanas
maio 21, 2025 - 2:19 pm

Arkthur. Foto: Divulgação
O rapper Arkthur lançou o clipe da música Tecnologia da Alma, disponível no YouTube. Com estética afrofuturista, o artista retrata a realidade das favelas, aborda religiões de matrizes africanas, identidade, resistência social e ancestralidade. Esta canção dá nome ao álbum, que estreia em 3 de julho.
Utilizando como base o rap, a faixa ainda carrega uma levada sonora do trap e lo-fi. Para quem escuta, a experiência ultraa os limites da audição e toma uma dimensão sensorial, que caminha entre ado presente e futuro.
“É sobre entender que ado, presente e futuro se relacionam. Estamos aqui para curar um ado, construir e idealizar os futuros que queremos”, contou Arkthur. w4i3
A mesma não-linearidade temporal trazida nesse single também permeia as dez faixas do disco que será lançado em julho. “Tudo o que você toca, você muda. E tudo o que você muda, muda você. A única verdade perene é a mudança, Deus é mudança”, afirmou o artista.
“O povo preto sempre construiu coisas preciosíssimas. Hoje, estamos falando sobre colonizar outros planetas com a nossa perspectiva. Não sonhamos mais só com o direito de existir, queremos o direito de sonhar infinitamente – em outras estrelas, outras dimensões”, destacou.
Referência intelectual negra 5mp4i
Arkthur apresenta uma narrativa de ‘multiverso’, mas que se conecta aos sonhos e ideais afrocentrados, tendo como base as obras do compositor Sun Ra e da escritora Octavia Butler. “Tudo faz mais sentido no coletivo. Convidei amigos, artistas pretos e pardos, cada um ampliando a perspectiva do que pode ser esse futuro, com base em suas experiencias, sonhos e expectativas”, revelou o rapper.
O projeto conta com participações de Alahrin e Kimera – ambos de Curitiba -, Ruth Clark, de Belém do Pará, e Quixote, de São Paulo. Ainda neste ano, o rapper Arkthur lançará o clipe do single Cobrador, com a participação de Alahrin.
O projeto teve apoio da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUR) e Programa de Apoio e Incentivo à Cultura, Fundação Cultural de Curitiba, em parceria com a Prefeitura Municipal, Ministério da Cultura e Governo Federal.