Relembre esquema de estelionato de Nego Di que resultou em condenação de 11 anos 5e699
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Punição se refere a crimes de estelionato praticados contra 16 vítimas
junho 11, 2025 - 2:46 pm

Nego Di. Foto: Reprodução/Redes Sociais
O humorista, influenciador digital e ex-BBB Dilson Alves da Silva Neto, Nego Di, e o sócio dele, Anderson Boneti, foram condenados nesta terça-feira, 10, a 11 anos e 8 meses de prisão, cada um deles, em regime fechado, além de multa, segundo o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.
A punição se refere a crimes de estelionato praticados contra 16 vítimas da cidade de Canoas, região metropolitana de Porto Alegre, no Estado gaúcho.
Os réus foram presos em julho de 2024, com Nego Di conseguindo habeas corpus em novembro do mesmo ano. O influenciador permanece em liberdade, sob medidas cautelares estabelecidas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), incluindo a proibição de usar redes sociais. Veja abaixo detalhes sobre o posicionamento da defesa do ex-BBB.
Boneti permanece em prisão preventiva, sem a possibilidade de apelar em liberdade. A defesa dele não foi localizada.
Conforme o tribunal, a decisão é da juíza de direito Patrícia Pereira Krebs Tonet, da 2ª Vara Criminal da Comarca de Canoas, “A magistrada afirma que o inquérito policial foi instaurado para apuração, ao total, de 370 crimes de estelionato envolvendo pessoas residentes em diversas parte do Estado do Rio Grande do Sul”, disse o TJRS.
Em nota divulgada por meio das redes sociais, a defesa de Nego Di, representada pela advogada Camila Kersch, criticou a condenação, disse ter observado sinais de parcialidade no processo e afirmou que vai recorrer da decisão.
Entenda o caso 4m1d1c
A denúncia aponta que, entre 18 de março e 26 de julho de 2021, a dupla operava a loja virtual TADIZUERA, oferecendo produtos como televisões, iPhones 13 Pro Max e aparelhos de ar-condicionado a preços abaixo do mercado, sem a intenção ou capacidade de entregar esses produtos. Ou seja, os clientes não teriam recebido os itens comprados nem o estorno dos valores pagos.
Conforme as investigações realizadas entre janeiro e julho de 2022, a conta empresarial da empresa recebeu em créditos mais de R$ 5 milhões, com débitos no exato mesmo valor, ou seja, todo o dinheiro que a empresa arrecadou com o dinheiro das vendas teriam sido “pulverizados” para os mais variados destinos, segundo o TJRS.
A juíza enfatizou na sentença a abundância de evidências comprovando a responsabilidade e a ocorrência dos crimes.
“Cumpre registrar que não trata, o caso, de um estelionato comum por assim dizer, daqueles que costumam ocorrer com pessoas menos esclarecidas ou desatentas, mas sim de um verdadeiro esquema meticulosamente organizado para ludibriar um grande público, auferindo vantagem financeira expressiva, e de lesividade social altíssima, pois focado em pessoas de condição financeira não elevada, em comércio de bens de consumo necessários e que se valeu da credibilidade inconteste de que um dos réus ostentava para retardar a percepção geral de que se tratava de um crime, viabilizando a concretização de outras tantas vendas, potencializando, assim, os lucros auferidos pelos autores da empreitada criminosa e, de outra banda, incrementando de forma impressionante o número de pessoas prejudicadas”, disse a magistrada, de acordo com o TJRS.
O que diz a defesa de Nego Di 5g2b5o
“Desde já, é essencial esclarecer que Dilson nunca foi sócio de Anderson Boneti, tampouco participou da gestão da plataforma. Sua imagem foi utilizada para promover o projeto, confiando nas informações e responsabilidades atribuídas à outra parte envolvida”, disse Camila.
A advogada disse ainda que todas as vítimas deste processo, que aceitaram, foram ressarcidas por Dilson de forma voluntária. “Ainda durante o curso da ação penal, o que demonstra seu compromisso em reparar integralmente os danos – mesmo não tendo executado os atos nem se beneficiado diretamente das transações”, publicou a defesa de Nego Di.
A defesa disse ainda que irá recorrer da decisão. “Irá interpor os recursos cabíveis contra a condenação e segue confiante de que as instâncias superiores irão reavaliar os fatos com isenção”, finalizou a nota assinada pela advogada e publicada em suas redes sociais.