20 anos depois, Ademar relembra pênalti perdido na Batalha dos Aflitos: ‘Eu só fui porque ninguém quis ir’ 1b3i6c

Pênalti defendido pelo goleiro Rodrigo Galatto, foi cobrado pelo lateral-esquerdo Ademar. Foto: Reprodução/YouTube

Quem tem idade para se lembrar da Batalha dos Aflitos não se esquece até hoje. Há 20 anos, o Grêmio vencia o Náutico por 1 x 0, no Recife, na última rodada do Campeonato Brasileiro da Série B, cravava o o e, de quebra, se sagrava campeão. Tudo num sofrimento memorável, com quatro expulsos pelo lado gaúcho e dois pênaltis perdidos pelo Timbu.

O primeiro, na trave, foi batido por Bruno Carvalho, ainda na primeira etapa. O outro, defendido pelo goleiro Rodrigo Galatto, foi cobrado pelo lateral-esquerdo Ademar, no segundo tempo. Esta semana, em entrevista ao canal Cartoloucos, o ex-jogador relembrou aquele momento desagradável.

Algo muito comentado na época, era que Ademar nunca foi ‘cobrador de pênalti’. Ele explica porque decidiu chamar a responsabilidade para si. “Eu só fui porque ninguém quis ir. Falei ‘ah, já que ninguém quer, eu vou’. Bruno Carvalho já tinha saído, que foi quem bateu o primeiro, recorda.

“Eu não estava nervoso, estava apreensivo. Depois que o goleiro pegou, fiquei em estado de choque. O jogo estava acontecendo e eu perdido dentro de campo. Desabou tudo”, completa.

Ademar disse que o ‘pós-jogo’ também foi traumático. “ei dois dias sem dormir, sem comer, só chorava. Hoje, não me sinto culpado, aquilo só mostrou a personalidade que eu tenho. Infelizmente, nunca mais bati um pênalti na vida, mas porque nunca rolou a chance”, brinca.

Hoje, o ex-atleta faz um trabalho social em Jaboatão dos Guararapes. Através do futebol, o Instituto Ademar Júnior ajuda crianças carentes.