Como menores de 16 anos podem usar as redes sociais com segurança? 313ye

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Especialista explica o que pais e responsáveis devem levar em conta na hora de liberar o o às redes para os menores de 16 anos

Como menores de 16 anos podem usar as redes sociais com segurança?

Foto: Vecteezy

Adolescentes gravando vídeos de dancinhas no TikTok, crianças usando celular e querendo criar perfis nas redes sociais, atitudes como essas se tornaram corriqueiras e fazem parte da rotina da maioria dos jovens e crianças. Mas quando essas ações acendem um alerta, gerando a seguinte pauta: liberar ou não o o dos menores de 16 anos as redes sociais? E como avaliar essa liberação de forma segura?

A janela para um mundo de conhecimento e entretenimento, se mal usado, pode ser prejudicial. Como diz a frase popular: internet tem coisa boa como também tem coisa ruim, tem que saber usar. Isso porque, a veracidade de conteúdos violentos e alarmantes para menores de 16 anos nas plataformas digitais, vem acendendo a cada dia um novo sinal de alerta em relação a segurança das crianças e adolescentes no mundo digital.

Na Austrália já foi aprovada a lei histórica que proíbe o o às redes sociais para menores de 16 anos de idade, em plataformas como Instagram, X, Facebook. A lei aprovada em 28 de dezembro 2024 tem um ano para entrar em vigor no país. Na último dia 6, a Nova Zelândia anunciou interesse em adotar a mesma medida que a Austrália o afastamento dos menores das plataformas digitais.

O LeiaJá conversou com os pais Leone Martins, 35 anos, advogado e pai de Antônio, de 4 anos, autista, e com a Lays Micaela, 32 anos, autônoma mãe da Áyla Micaela, 11 anos, sobre como eles lidam com os filhos em relação ao o as redes sociais.

Uso com moderação e fiscalização 1l48m

Para os pais, o desafio de fazer com que os filhos usem as redes sociais com moderação e evitando conteúdos inadequados se torna ainda maior quando os filhos estão entrando na adolescência ou já são adolescentes. Para Lays Micaela, mãe da Áyla Micaela, de 11 anos, o diálogo com a filha sobre os riscos da internet, têm sido constantes. Ela acredita que essa atitude de conversar e orientar a filha é de extrema importância.

A mãe relata que a jovem tem o duas plataformas de redes sociais: o Instagram e o Tiktok e “alguns jogos”. “Porém eu oriento bastante com conversas e explicações, além de monitorar 100%. Inclusive, uso, tenho plataformas/Apps que vinculam o celular dela ao meu. Por eles, controlo o tempo de uso do celular, permito os os aos apps que eu quiser, há localização em tempo real, entre outros”, disse a mãe da adolescente.

No entanto, Lays diz que também já impediu Áyla de usar o celular. “Já disse várias vezes, não. Já coloquei de castigo: sem celular. E a reação é sempre ficar chateada, mas logo a”, contou.

Entre as orientações às filha, Lays disse que costuma conversar com Áyla sobre episódios envolvendo outros jovens, para ilustrar os prejuízos que a internet causa na vida real.

“Primeira ferramenta na educação que eu utilizo é a conversa, explicação e orientação. Sempre uso como exemplos reportagens que abordam os assuntos relacionados ao mundo da internet e violência, bullying, educação, respeito, entre outros temas que ajudam a orientar da melhor forma. Graças a Deus da certo!”, afirma.

Apesar da adolescente ter o as plataformas digitais, a mãe disse que não libera 100% e acredita que adolescentes não têm maturidade para usar a internet sem monitoramento dos pais ou responsáveis.

“Liberar 100%, não! Infelizmente, não. Porque como se sabe, a internet é um infinito de coisas, tanto boas e principalmente ruins. Na minha opinião, um adolescente não tem maturidade para viver livre na internet, sem orientação e monitoramento”, complementou.

Cuidados na infância 2z1yy

Já Leone, pai de Antônio, de quatro, que é autista não verbal, diz que o filho tem o às telas desde os oito meses de idade e ele acredita que os pais devem ter controle sobre os que os filhos assistem ou fazem nas redes.

“Desde os oito meses ele ou a se interessar pelos vídeos de desenhos, e mesmo sendo autista não verbal, ele consegue mexer no YouTube kids e escolher os desenhos de sua preferência. Essa autonomia é limitada pelo próprio YouTube kids que tem o controle dos pais. Ele sendo autista ou não, acredito que os pais devem sim ter o controle sobre o que eles assistem ou fazem, é o nosso papel como pai. Por ele ser autista o controle tem que ser ainda mais rigoroso, principalmente para proteger ele de conteúdos sensíveis ou ter o a pessoas maldosas na internet”, destaca o pai de Antônio.

Bullying, capacitismo e preconceito 362f2r

Entre os riscos que as redes podem trazer para crianças e adolescentes estão as situações de bullying, capacitismo e preconceito, especialmente se forem neurodivergentes. Mesmo que assuntos como o autismo, TDAH estejam em alta nas redes, com conteúdos informativos e importantes, também há conteúdos negativos relacionados ao assunto. Questionado se já viu nas redes sociais pessoas autistas sendo vítimas de preconceito, Leone disse que o filho nunca sofreu, mas que pode estar sujeito.

“Todos os dias vemos pessoas autistas sendo atacados na internet, existe uma falta de conhecimento muito grande a respeito do autismo e um ataque até por terem alguns benefícios e isenções. Certamente, vamos evitar que ele seja exposto dessa forma nas redes sociais”, afirmou.

O que orientam os especialistas? 102s4m

O LeiaJá conversou sobre o assunto com a psicóloga Joyce Costa, que explicou o que os pais ou responsáveis podem levar em conta na hora de liberar o o às redes para os menores de 16 anos. Confira abaixo as dicas da especialista.